sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CUCA CINEJORNAL 68+40



Edição especial do CUCA Cinejornal sobre o ano de 1968 e suas reminiscências no presente. Imagens de arquivo juntam-se à depoimentos e ações do movimento estudantil registrados pelo CUCA da UNE. O vídeo mostra a Encenação da Batalha da Maria Augusta, realizada este ano pelo CUCA SP em parceria com o grupo Tá Na Rua, o Política do Impossível e o Teatro Pavanelli, a III Caravana da Anistia do Ministério da Justiça, feita em maio de 2208 no terreno da UNE no Rio de Janeiro, o evento Arte e Guerrilha produzido e executado pelo CUCA BA, Intervenções ambientais dos PIA - Programa de Intervenção Ambiental e do Política do Impossível.Um análise histórica, uma crítica ao presente e o desejo e a luta pelo fim da ditadura no Brasil e pela abertura dos arquivos da ditadura militar brasileria. Músicas do Clã Nordestino, Wagner e Tropicália.
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Em homenagem aos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos e em memória dos 40 anos do Ato Instituicional no. 5
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Palco terrorista de Bush



Depois de vencer o Oscar ao dissecar, em Sob a Névoa da Guerra (2003), os principais equívocos da política externa dos Estados Unidos no pós-guerra, Morris concentra o foco desta vez no mais covarde episódio da corrente guerra do Iraque: as fotos de militares humilhando e torturando presos iraquianos na prisão de Abu Ghraib.

Um dos maiores triunfos do filme é esta precisa delimitação de tema. Menos é mais. Morris detalha os fatos e explica as causas do escândalo militar de Abu Ghraib. A antiga e gigantesca câmera de horrores de Saddam Hussein, situada a cerca de 40 quilômetros de Bagdá, se tornou a central de interrogatórios das tropas americanas no Iraque.

Com o ex-ditador ainda em fuga, o comando das operações pressionou os subalternos por informações a qualquer preço, trazendo os métodos desumanos aplicados em Guantánamo e no Afeganistão. Jovens despreparados ultrapassaram novas barreiras visando “quebrar” a resistência dos detidos. Deu no que deu.

O dispositivo documental de Morris se repete aqui sem maiores novidades. A narrativa se constrói a partir de entrevistas (algumas pagas) com a maior parte dos soldados envolvidos, das fotos e mesmo de um vídeo que registraram as violações aos direitos humanos e da reencenação de alguns episódios.

A hiper-estilizada dramatização das agressões não cumpre desta vez o papel problematizador de outros de seus filmes, notadamente A Tênue Linha da Morte (1988). Nenhuma voz se ergue ou descontrola durante as entrevistas.

O depoimento mais enraivecido é colhido da general Janis Karpinski, a comandante das prisões militares no Iraque incluindo Abu Ghraib, que não tinha qualquer experiência prévia de gestão penitenciária e foi afastada na esteira da revelação das atrocidades pelo repórter Seymour M. Hersh de The New Yorker em abril de 2004. Karpinski logo de saída vincula a escalada das crueldades ao método vale-tudo importado pelo general Geoffrey Miller, ex-chefe de Guantánamo, e pelo tenente-general Ricardo S. Sanchez, comandante supremo no Iraque.

Morris nos mostra como, a partir das fotos, foi reconstituída a cadeia temporal dos eventos. O filme desenvolve-se então dissecando cada um dos principais episódios fotografados. O sereno depoimento de seis dos sete soldados revela a participação de cada um naquela espiral de horror.

Apenas um deles não teve seu depoimento autorizado, não por coincidência o que parece liderar a gang: o cabo Charles A. Graner, que cumpre uma pena de dez anos. É fácil reconhecê-lo em várias das imagens, com o mais velho dos soldados.

Graner namorava simultaneamente duas das protagonistas daquele circo de crueldades: a soldado raso Lynndie England, a quem engravidou e abandonou, e, sem que ela soubesse, a cabo Megan Ambuhl, com quem se casou.

Lynddie, então com 21 anos, surge na tela inchada e depressiva, tentando justificar sua participação por cegueira amorosa. É ela a presença feminina mais constante, por exemplo na chocante imagem do prisioneiro forçado a se masturbar. Megan, por sua vez, se sente injustiçada por pretensamente ter sido apenas uma testemunha.

A terceira envolvida, a cabo Sabrina Harman, busca nas cartas que enviou regularmente à namorada nos Estados Unidos a prova de que fotografou tudo para ter “provas” das torturas. Ao comentar a foto dela própria sorrindo e fazendo sinal de positivo com o polegar ao lado do cadáver de um prisioneiro assassinado por espancamento, justifica-se dizendo jamais saber o que fazer diante das câmeras. Cada depoente masculino tem também sua personalíssima explicação.

O inquérito catalisado pela denúncia contrapôs duas classificações aos episódios — procedimento operacional padrão versus atos criminosos. A pirâmide de presos nus simulando atos sexuais é um exemplo do segundo. Um exemplo do primeiro? O prisioneiro encapuzado, com um cobertor no corpo, de pé num caixote e com fios pretensamente eletrificados amarrados nas mãos e na genitália.

Os sete soldados subalternos receberam variadas penas, incluindo prisões de seis meses a dez anos (só Megan escapou). Nenhum superior foi criminalmente punido. “Foi um bando de crianças que se tornou o bode expiatório”, conclui um investigador entrevistado. Ou “sem foto, sem crime”, como dizem Philip Gourevitch e Errol Morris na versão expandida em livro do filme. Assim foi a era Bush.

fonte -www.vermelho.org

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Sonho Pede Socorro





Título da Produção: O Sonho pede Socorro
Duração: 4'10''
Mês da finalização: Janeiro de 2008
Roteiro e Direção: Érica Lima
Diretor de Fotografia e Ediçao: Alexandre Santos
Produção: Jurandyr França
Trilha sonora: Valéria Oliveira
Atriz: Érica Lima
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Sinopse :O Sonho Pede Socorro é um Videoclipe da cantora potiguar Valéria Oliveira que utiliza imagens da cidade de Natal. Uma câmera percorre vários lugares à noite, mostrando as luzes natalinas, ruas vazias e locais com muitas pessoas. Ora esta câmera assume o olhar da personagem, ora do telespectador. Transportando o telespectador para a condição da personagem, sozinha, buscando um consolo, um abrigo, não um espaço físico e sim um local onde ela se encontre para apaziguar seus conflitos internos.
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Quilombolas de João Surá - 200 Anos Parte II



Proposta da realização de um vídeo etnográfico fruto de uma parceria entre o coletivo Soylocoporti, Universidade Federal do Paraná e VER-SUS Extensão, em que através de visitas ao longo de janeiro a agosto de 2007 foi possível a captação de imagens e relatos que se remetem a história e costumes locais da comunidade que completou 200 anos em 2007.

veja a terceira parte do vídeo no youtube.

Em breve outros vídeos do coletivo Soylocoporti aqui no Blog do CUCA.

terça-feira, 27 de maio de 2008

CADÊ O DANIEL? RJ




ANO | 2008
REALIZAÇÃO | ANDRÉ SICURO, LUAR GRINBERG, ALICE SICURO.

O ENCONTRO, A SAUDADE, A IDÉIA, O FILME

No dia 31 de maio de 2007, noite de Lua Azul, nós estávamos na Lapa assistindo ao show dO Chico. Eufóricos por causa da Lua, começamos a interagir, a dançar e conversar com as pessoas, quando conhecemos o Daniel. Ele estava no bar da esquina do Asa Branca, com sua mãe e a tia Lucinha.

Com uma câmera digital filmamos e fotografamos alguns momentos do encontro, ele estava com um nível de interação superior ao do resto das pessoas naquela noite, talvez fosse a Lua Azul... mas depois de muita conversa o Daniel teve que ir embora com a tia Lucinha e esquecemos de trocar telefones!

Nos dias que se seguiram, o Daniel era assunto freqüente e imaginávamos o que poderíamos fazer para reencontrá-lo. Daí tivemos a idéia.

Colar cartazes! Decidimos espalhar cartazes com a foto dele por aí, nos lugares que talvez ele freqüentasse: cinemas, teatros, metrô, Lapa... Até sermos motivados por outro impulso: o MOLA (Mostra Livre de Artes - Circo Voador).

A brincadeira virou um filme. Adotamos o burlesco, a fantasia, explorando as mídias, a espontaneidade das pessoas nas ruas e a possibilidade de realizar um filme no qual a conclusão fosse gravada ao vivo, em frente à platéia.

No fim das contas nos apaixonamos mais pelo projeto que pelo Daniel e ele se tornou apenas o ponto de partida pra uma história de obsessão, humor e magia negra.

Este vídeo foi produzido por acaso.
Mas acaso não existe.
Todos os personagens são reais com exceção da Cigana e da Louca.

contato | andre.sicuro@gmail.com

UM VÍDEO POR SEMANA, PARTICIPE!


O blog do CUCA inicia uma nova sessão de interação com seu público. Para saber, reunir e mostrar as mais variadas produções audiovisuais da juventude brasileira que hoje vivem um dos momentos mais férteis para as produções de baixo orçamento ditas independentes, mas que também apostam no fortalecimento de um mercado alternativo que garanta sua circulação é que toda semana a partir de agora organizaremos uma coluna audiovisual selecionada da internet.
Enquanto não podemos postar diretamente na TV CUCA, mas com a necessidade sempre crescente de ampliar o fluxo de conteúdos do canal do CUCA e de fortalecer a troca entre a vasta e diversa rede cultural da juventude, é que pedimos o seu "link". Bote o seu que eu boto o meu!
O espaço é aberto a todos cuqueiros, estudantes de artes, artistas populares, movimentos sociais e culturais e demais parceiros que queiram mostrar seus trabalhos, vender seus peixes, saber o que mais rola por aí ou mesmo uma simples dica de algum vídeo que viu pelo mundo da internet.
A boa e divertida primeira provocação de estréia do canal trata-se do curta "cadê o Daniel?", dos estudantes de cinema da Federal Fluminense que não "se enganam" e abrem a sessão do blog. O filme foi exibido no mola do Circo Voador.
Indique também o seu....vale tudo...ficção, documental, video-arte, feito de celular, em sala de aula, um momento curioso, noticias regionais, tudo... só não deixe de participar!
Envie seu link e ao menos um parágrafo explicativo para blogcuca@gmail.com e boa sessão!